Sábado, 29 de Abril de 2006

Lendas do Alentejo

Uma Luz Misteriosa


As histórias de lobisomens e de bruxas eram vulgares no meio rural tradicional.
Maus encontros com animais a horas tardias, doenças provocadas por mau querer (feitiçarias), filtros de amor (beberagens para atrair ou afastar paixões, visões, vozes, são elementos do vasto manancial do imaginário popular sobre forças maléficas.

Há, contudo, outro tipo de histórias que são comuns a várias aldeias e vilas do Alentejo.

É o caso da estranha luz que, de noite, acompanhava os viajantes (normalmente pastores, almocreves e, mais recentemente, tractoristas que de noite procedem às grandes charruadas).
Era uma luz que seguia o caminhante sem, contudo, o incomodar. Conheci algumas pessoas que afirmavam terem sido seguidas por essa luz. A luz acompanhava o viajante, seguindo a seu lado, parando quando este parava, e acompanhando a velocidade da deslocação.

Nenhuma das pessoas que conheci, e que afirmavam ter estado em contacto com o fenómeno, esboçou qualquer reacção. Para essa passividade contribuiu seguramente o facto de ser conhecida a reacção da luz quando atacada.

O fim da história que apresentamos é relativamente benéfico. Com efeito, noutras descrições, que a tradição popular registra, a luz, quando hostilizada, conduz à morte do atacante.

 História veridica: Algures na região de Beringel (Beja), o meu pai tinha um amigo que não acreditava em coisas estranhas, daquelas que se contam nas aldeias.
Naquele tempo, corria o boato de que havia no campo uma espécie de luz de cor vermelha que andava de um lado para o outro, mas que não se deixava ver de perto.
Amigos do meu avô afirmavam que já a tinham visto, e esse homem que não acreditava disse, na brincadeira:
“Se eu a encontrar, desfaço-a toda aos bocados com o meu cajado”
O que vos conto a seguir é a narração do próprio.
“Numa noite, eu ia guinado a minha charrete e lá estava à minha frente a luz vermelha parada em cima do muro.

 Saí, peguei no cajado e disse com ar forte e corajoso:
Já que aí estás, então espera, que já vais ver o que é para a saúde! E assim dirigi-me até junto dela e tentei dar-lhe com o cajado, mas não consegui porque ela se desviou.
Continuei à cajadada com ela, mas falhava sempre e ia ficando mais furioso. Voltei para a charrete quando ela se voltou contra mim. Não sei o que aconteceu (parecia que estava levando uma grande tareia) e desmaiei.
Os cavalos voltaram para casa e eu fui na charrete como morto.
Na manhã seguinte, a minha mulher, já preocupada, foi ver se eu estava dormindo na charrete.

Ela diz que eu estava com a roupa toda rasgada, todo cheio de sangue, que parecia morto. Mas estava apenas desmaiado. Depois a minha mulher tratou de mim e nunca mais quis ouvir falar dessa luz.”

Sonho Alentejano editou às 17:00
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Sábado, 22 de Abril de 2006

Alentejo, meu Alentejo!

Sonho Alentejano editou às 14:27
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